quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O VASO E O ANJO



Muito me pareço com o barro
A olaria é meu ambiente natural
Lá sempre volto levando meus cacos,
Desfazendo e refazendo-me nas mãos daquele que me criou

Na lama em que estava, encontrei uma auréola,
mas meus olhos não a viram cintilar,
Percebi que seu dono não a queria reencontrar.
O anjo decaído, que não tem asa para voar.

O anjo torto me falou :
Assim também tu serás.
Este fim que declarou, quem poderá mudar?

Voltei à casa do oleiro...fui reconstruído!
Novo vaso, nova vida.
Era barro em ruínas, sou vaso nas TUAS mãos.


Escrito por Jacilene Dias